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Cheia do Rio Madeira avança e alaga rodovias federais

Data da notícia: 25/02/2014
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(Da Redação/Assessorias) O Rio Madeira permanece superando marcas históricas. O nível do Rio que corta Porto Velho, atingiu a marca dos 18,46 metros nesta segunda-feira (24), de acordo com a Defesa Civil da capital. São 26 centímetros a mais que o registrado no final de semana. Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, mais de 400 famílias perderam suas casas e mil estão abrigadas. Por conta disso, uma equipe do Corpo de Bombeiros está na BR-364, próximo a Jacy-Paraná, distrito de Porto Velho, para sinalizar os novos trechos onde a lâmina d'água já está em cerca de 25 centímetros, segundo a Sala de Gerenciamento de Crise.
A cheia recorde do Rio Madeira já tirou mais de 1,6 mil famílias de casa. Nos distritos do Baixo e Médio Madeira, cerca de 530 famílias (a metade da população da região) estão sendo retiradas de casas atingidas pela cheia e levadas para abrigos e até para a capital, Porto Velho. "A informação que temos é que a cada uma hora passam 20 caminhões pela rodovia. Depois a pista é avaliada para permitir a passagem novamente de veículos", informou os bombeiros. A lâmina d'água que cobre a pista não permite que os motoristas passem com segurança, mas alguns veículos de passeio ainda se arriscam. A BR-364 é a única via de acesso terrestre ao estado de Acre, e apresenta outros pontos de alagamento, sendo o maior deles na região de Velha Mutum, impedindo que motoristas cheguem até a balsa para a travessia do rio.

ALAGAMENTOS - Já a BR-319, via de acesso terrestre ao Sul do Amazonas, também apresenta pontos de alagamento novos, segundo Almeida, que já deixou algumas vilas isoladas. "Não sei precisar quais são essas vilas, mas a Polícia Rodoviária Federal [PRF] nos passou que o fluxo de veículos está complicado", disse o bombeiro. A maior cheia já registrada pelo Rio Madeira também está interditando ruas e avenidas de Porto Velho.

COMBUSTÍVEL - Caminhões que fazem o embarque de combustíveis em Porto Velho não conseguem chegar às bases das distribuidoras, em razão do alagamento que atinge a Estrada do Belmont, Bairro Nacional. Por isso, postos de gasolina afirmam que já falta combustível na cidade. No entanto, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo (Sindpetro), a capital não corre o risco de desabastecimento, pois o combustível está sendo comprado do Mato Grosso, o que encarece o produto.

GÁS DE COZINHA - Em uma distribuidora de gás de cozinha, centenas de botijões boiam sobre a água em virtude da cheia do Rio Madeira, que invadiu a distribuidora, em Porto Velho, na margem da BR-319. Na terça (18), a distribuidora afirmou que, caso o nível do rio continue subindo, o abastecimento em Rondônia e Acre pode ficar comprometido.

GUAJARÁ - Em Guajará-Mirim, a população vive períodos de desabastecimento na cidade desde quando a principal via de acesso ao município, a BR-425, que também dá acesso para a Bolívia, foi fechada para o tráfego de veículos. Falta combustível, alimento e água, segundo a população. Pontes e estradas estão debaixo d'água.

ACRE - Isolado do resto do país por causa do fechamento da BR-364, cuja pista em três trechos está coberta pelas águas da enchente do Rio Madeira, o Acre pode começar a enfrentar problemas de desabastecimento. Os trechos interrompidos localizam-se nos distritos de Jaci-Paraná, Nova Mutum e Vista Alegre do Abunã, onde a lâmina d?água sobre a pista atinge 60 centímetros. Embora represem água em Porto Velho, os consórcios responsáveis pela construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio negam qualquer relação das obras com a cheia histórica. A prefeitura de Rio Branco anunciou que a cheia do Madeira já compromete a renovação do estoque de alguns alimentos. O diretor da Central de Abastecimento de Rio Branco, Paulo Sérgio Braña, alertou que alho, batata, beterraba, cenoura e outras frutas verduras que não são típicas da região Norte ou não há autossuficiência na produção local, podem faltar.

BR-364 - A BR-364 é a única rota para entrar e sair do Acre por via terrestre. Para chegar ou sair do Acre, o Rio Madeira é passagem obrigatória. No distrito de Abunã (RO), a 280 quilômetros de Rio Branco (AC), não existe ponte, embora haja pontes imponentes na mesma rodovia, no trecho que liga Rio Branco aos demais municípios. Além disso, existem outras pontes na BR-317, que, a partir da tríplice fronteira Brasil, Bolívia e Peru, é chama de Estrada do Pacífico.

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